Crédito – observador –Texto Agência Lusa
Segundo Pequim, as unidades afetadas não estão a cumprir requisitos de importação estabelecidos. Governo brasileiro acredita que decisão não afetará as relações com seu principal parceiro comercial.
A China suspendeu temporariamente as importações de carne bovina de três fábricas brasileiras, anunciou o Governo do Brasil, nesta quarta-feira garantindo que a decisão não vai afetar as relações comerciais bilaterais.
A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina e o maior parceiro comercial do país sul-americano.
O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, negou no mesmo comunicado que as três fábricas suspensas possam ter repercussões na estreita relação comercial entre os dois países.
O secretário da Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, disse que vão continuar a conversar com os exportadores privados e as autoridades chinesas para “resolver as questões levantadas e retomar as exportações dessas unidades”.
O Brasil, um dos maiores fornecedores mundiais de proteína animal, terminou 2024 com uma produção recorde de 31,57 milhões de toneladas de carne bovina, suína e de frango, bem como exportações recorde de 10,26 milhões de toneladas, de acordo com dados oficiais.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de nove mil milhões de dólares (8,3 mil milhões de euros), em 2004, para 157,5 mil milhões (144 mil milhões de euros), em 2023. O Brasil desempenha, em particular, um papel importante na segurança alimentar da China, compondo mais de 20% das importações agrícolas e pecuárias do país asiático.
A segunda maior economia mundial alimenta quase 19% da humanidade com apenas 8,5% das terras aráveis do planeta. Em comparação, o país latino-americano tem quase 7% das terras aráveis para 2,7% da população mundial.