A tilápia está se consolidando como a proteína de maior crescimento anual no mundo, com um aumento de 3,1% de 2022 para 2023, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Mario Sergio Cutait, diretor do Grupo MCassab, trouxe esta perspectiva durante o “Painel Empresarial: Futuro das Proteínas” no segundo dia do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), na última quarta (7).
Por que a Tilápia Está Crescendo Tanto?
De acordo com dados da PeixeBR, o Brasil ocupa a quarta posição global na produção de aquicultura, contribuindo com 8% da produção mundial. A tilápia é responsável por 65% do total produzido no país. Um dos maiores mercados de exportação da tilápia brasileira são os EUA, representando 87% das exportações.
Os principais estados brasileiros produtores de tilápia incluem:
- Paraná: 209 mil toneladas
- São Paulo: 75,7 mil toneladas
- Minas Gerais: 58,2 mil toneladas
- Santa Catarina: 44,6 mil toneladas
- Mato Grosso do Sul e Pernambuco: 44,6 mil toneladas cada
Apesar do grande volume de produção, a balança comercial de pescados no Brasil foi deficitária em 2023, com um saldo negativo de US$ 1,087 bilhão. Isso aponta para oportunidades de expansão tanto no mercado interno quanto externo.
Qual é o Futuro da Produção de Tilápia no Brasil?
Quais São os Desafios e Oportunidades?
Para que a tilápia realmente se torne a próxima força da proteína no Brasil, vários desafios precisam ser abordados:
- Políticas públicas de apoio e investimento em infraestrutura
- Acesso a tecnologias que aumentem a eficiência da produção
- Expansão de mercados internacionais
A Tilápia é o Futuro da Proteína no Brasil
Em suma, a tilápia está posicionada para ter um papel central na proteína brasileira, com potencial para superar a produção de aves e suínos na próxima década. Esta transformação depende tanto de investimentos estratégicos quanto de políticas públicas de incentivo. Com a colaboração entre produtores, investidores e governo, o Brasil pode consolidar-se como um líder global na produção e exportação dessa valiosa proteína.