Polícia Federal (PF) e Flávio Dino (STF) citaram declarações de 4 parlamentares para bloquear e investigar suposto esquema de R$ 4,2 bilhões
Dino citou, na sua decisão, declarações dadas pelos deputados José Rocha e Adriana Ventura afirmando que os parlamentares das comissões temáticas não tinham participação na escolha das emendas do colegiado. O estopim foi um documento enviado por líderes partidários referentes a mais de 5 mil emendas de comissão, mesmo com as reuniões dos colegiados suspensas na última semana de votação.
Movimento “certeiro”
Como mostrou a coluna, lideranças do Centrão consideram que Dino fez uma nova ofensiva contra o Congresso num momento certeiro. Quando o magistrado bloqueou as emendas em agosto, o Legislativo estava em pleno funcionamento. Na ocasião, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reagiu e destravou uma Proposta de Emenda à Constituição que limita decisões de ministros do STF.
O novo bloqueio, porém, aconteceu num momento diferente. O Congresso entrou em recesso na última segunda-feira (23/12) e, tanto na Câmara quanto no Senado, há vácuo de poder. Ao mesmo tempo em que Arthur Lira e Rodrigo Pacheco estão de saída, as duas Casas só elegerão seus novos presidentes em fevereiro de 2025.