Na pesquisa anterior, feita em outubro, a aprovação do presidente era de 51%, ante 45% que reprovavam a forma de governar do petista.
Dentre as regiões brasileiras, a Nordeste é onde o governo Lula tem a maior aprovação: 67%, contra 32% que desaprovam. A pior avaliação da gestão presidencial é na região Sul, onde 46% aprovam e 52% reprovam a administração.
Os índices mais positivos do governo estão entre mulheres, pessoas com 60 anos ou mais, que cursaram até o ensino fundamental, pretas e que são católicas. Os piores índices, por sua vez, aparecem entre homens, pessoas com idade de 16 a 34 anos, quem cursou o ensino superior incompleto ou de religião evangélica.
A avaliação geral do governo Lula é positiva para 33%, regular para 34% e negativa para 31%. Há 2% que não souberam opinar ou não responderam. Este resultado é o pior ao final do segundo mandato entre os três governos Lula.
O resultado é um pouco menor ao de Bolsonaro, que teve 35% de aprovação em 2020. Lula detem o recorde de avaliação positiva, de 2008, quando foi aprovado por 73% dos respondentes.
A avaliação positiva ao final do segundo ano de mandato de Lula, em 2024, só perde para os resultados de Fernando Henrque (25%), em 2000, e Michel Temer (13%), em 2016.
Críticas à comunicação
Em um momento de crítica à comunicação do governo, feita inclusive pelo presidente, os respondentes à pesquisa que indicaram que mais notícias negativas prevaleceram, com 41%, ante 32% que viram mais notícias positivas. Há 23% que dizem não ter ouvido notícias sobre o governo, e 4% que não souberam opinar ou não responderam.
O entendimento de 40% dos consultados é de que, nos últimos 12 meses, a economia piorou. A parcela de 27% avalia que no período houve melhora, e 30% consideram que está do mesmo jeito. A inflação é um dos fatores de destaque nesta seção da pesquisa. Para 68%, o poder de compra é menor na comparação com um ano atrás. Só 19% enxergam que o poder de compra aumentou, e 12% dizem que está igual.
A percepção para 78% dos respondentes é que o preço dos alimentos subiu nos mercados no último mês, enquanto 8% dizem ter caído, e 13% têm a percepção de que ficou igual.