Segundo a OPAS, aumento da vacinação e boas respostas do país às recentes emergências de casos de sarampo garantiram o certificado
A primeira vez que o Brasil ganhou o certificado foi em 2016. O país estava sem circulação doméstica do vírus graças ao início da vacinação contra o sarampo, que foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1992. O status de país-livre, porém, não é definitivo e depende que as ações públicas continuem incentivando a vacinação e a manutenção da vigilância.
Porém, apesar do sucesso do programa de vacinação, a cobertura vacinal foi caindo com o passar dos anos, possibilitando o o retorno do registro de casos domésticos do vírus. Entre 2018 e o início de junho de 2022, foram confirmados 39.799 casos e 40 mortes pela doença. Em 2019, perdemos o certificado.
O último registro de sarampo no Brasil aconteceu em junho de 2022, no Amapá. Em 2024, foram identificados quatro casos, mas todos eram importados de outros países e foram controlados. Graças a um tripé de combate ao vírus, que inclui aumento da vacinação, melhoria dos sistemas de vigilância sanitária e resposta eficaz às emergências de casos, o país recebeu novamente o certificado.
“O Brasil conseguiu reverter o movimento de queda na vacinação e sair da lista de 20 países com mais crianças não vacinadas. Agora, podemos dizer, com orgulho, que eliminamos o sarampo novamente”, comemora o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri. Ele é presidente da Câmara Técnica do Brasil de Verificação da Eliminação do Sarampo.