Um homem de 65 anos teve que ter seu pênis amputado após o órgão necrosar devido a uma infecção severa. O caso, divulgado no Urology Case Reports no dia 5 de agosto de 2024, ocorreu na Cidade do México e ilustra uma rara e grave condição médica.
Embora o paciente tenha recebido alta após tratamento com antibióticos, ele retornou ao hospital sete dias depois com febre de 39°C e uma série de sintomas graves, incluindo um estalo no osso púbico e secreção purulenta esverdeada saindo da uretra, do prepúcio, do escroto e até do reto. Exames revelaram múltiplos abscessos na próstata e no pênis.
Apesar de seus sinais vitais estarem estáveis, o homem necessitou de uma transfusão de sangue, novos antibióticos e insulina. Os médicos removeram o prepúcio necrosado e realizaram a amputação total do pênis por não haver outra possibilidade de preservar o órgão, devido à extensão da necrose.
Por que a Necrose do Pênis é Tão Rara?
A necrose isquêmica do pênis é um evento raro, principalmente devido à intensa irrigação sanguínea do órgão. No entanto, quando ocorre, pode levar a sérios riscos, como sepse e outras complicações graves. No caso específico desse paciente, uma combinação de diabetes tipo 2 mal controlada, doença arterial periférica e a colocação traumática de um cateter transuretral foram os fatores determinantes para o desenvolvimento do quadro.
O Que é Gangrena de Fournier?
Os médicos destacaram que a gangrena de Fournier, combinada com fatores de risco pré-existentes, levou a uma rápida progressão dos danos ao tecido, tornando impossível qualquer reconstrução do pênis. A penectomia total foi a única opção viável para salvar a vida do paciente.
Impacto Psicológico e Pós-Operatório
Após a cirurgia, o paciente foi liberado uma semana depois e recebeu orientação contínua sobre cuidados pós-operatórios e suporte psicológico. Diante de um cenário tão delicado, o acompanhamento psicológico é crucial para a adaptação e recuperação do paciente a longo prazo.
- Tipo de infecção: Gangrena de Fournier
- Fatores de risco: Diabetes tipo 2 mal controlada, doença arterial periférica
- Procedimento realizado: Amputação total do pênis
- Tratamento pós-operatório: Antibióticos, insulina, transfusão de sangue
- Suporte psicológico: Fundamental para a recuperação do paciente