Por Terra Brasil
Dois estudos recentes da Universidade de Chicago trouxeram à tona insights fascinantes sobre por que o Alzheimer atinge mais mulheres do que homens. A pesquisa focou em explorar as diferenças na manifestação de sintomas entre os sexos, concentrando-se especialmente no impacto do estrogênio na formação de placas amiloides e na inflamação cerebral.
O Estrogênio e a Formação de Placas Amilóides
Em uma série de experimentos conduzidos em ratos, os cientistas observaram que a remoção da produção de estrogênio nas ratinhas resultou em uma diminuição significativa na quantidade de placas amiloides no cérebro. Esses depósitos de proteína são uma característica marcante do Alzheimer e estão associados à degeneração neural.
Como a Supressão do Estrogênio Afeta o Alzheimer?
Impactos do Estrogênio
“Percebemos que os níveis de estrogênio têm um impacto direto na deposição de amiloides. Quando removemos a fonte hormonal em fases iniciais, as placas praticamente desaparecem. É realmente impressionante”, comentou o neurobiólogo Sangram Sisodia, um dos autores do estudo.
Quais São os Sinais e Sintomas do Alzheimer?
- Perda de memória recente: Esquecer eventos ou informações recentes.
- Dificuldade em realizar tarefas cotidianas: Coisas simples como fazer uma xícara de café podem se tornar desafiadoras.
- Confusão mental: Desorientação e dificuldade em seguir conversas.
- Desorientação em relação a tempo e lugar: Esquecer onde está ou que dia é.
- Alterações de humor e personalidade: Mudanças drásticas no comportamento e emoções.
- Dificuldade em tomar decisões e seguir instruções: Mesmo as mais simples se tornam confusas.
- Problemas de linguagem: Dificuldade em encontrar palavras apropriadas.
- Perda de interesse em atividades: Hobbies que antes eram apreciados podem ser abandonados.
O Que Leva Alguém a Ter Alzheimer?
A origem do Alzheimer é complexa e envolve uma interação de múltiplos fatores. Aqui estão alguns dos principais contribuintes:
- Predisposição genética: Ter um histórico familiar aumenta significativamente o risco.
- Envelhecimento: O risco aumenta com a idade.
- Lesões cerebrais: Concussões repetidas podem contribuir.
- Estilo de vida: Dieta inadequada, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool são fatores de risco.
- Condições médicas: Pressão alta, diabetes, obesidade e doenças cardíacas estão associadas a um risco maior.
- Inflamação crônica no cérebro: Infecções crônicas e doenças autoimunes podem aumentar a predisposição.
- Exposição a toxinas: Metais pesados e produtos químicos tóxicos são suspeitos de aumentar o risco.
- Saúde mental: Estresse crônico, depressão e isolamento social podem contribuir para o desenvolvimento do Alzheimer.
Novas Perspectivas para o Tratamento do Alzheimer
Essa descoberta indica que existem influências específicas nas fêmeas que afetam os marcadores biológicos da doença. Devido à impraticabilidade de suprimir o estrogênio como um tratamento viável, os pesquisadores estão buscando ampliar sua investigação para identificar abordagens mais eficazes ou para revisar os métodos existentes no tratamento do Alzheimer.