21 de dezembro de 2024 11:43

Inéditas em MS, operações para transplante de fígado poderão começar em 2024

Para finalizar trâmites, falta equipar sala de cirurgia (Foto: Divulgação/Hospital do Pênfigo)

Convênio firmado destina R$ 991.451,72 para finalizar local, que ficará em Campo Grande

Por Cassia Modena 

Mato Grosso do Sul poderá ter o seu primeiro centro de transplante de fígado em atividade no início de 2024. Com a liberação de recurso federal de quase R$ 1 milhão, a etapa final para isso ser realidade vai ser iniciada.

Foi publicado na semana passada o convênio firmado entre a instituição que vai oferecer o serviço, o Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande, e a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Ele oficializa o repasse de R$ 991.451,72 conseguido via emenda parlamentar.

Assim que for liberado, o valor será investido nos equipamentos que ainda faltam para o local começar a funcionar. Outras exigências do Ministério da Saúde para habilitar o espaço para transplante de fígado já foram cumpridas. Entre elas estão o credenciamento de equipe, a criação de sala de transfusão de sangue a readequação da farmácia interna.

Mobilização – O sonho não é de hoje. Há dois anos, os trâmites foram iniciados com recursos próprios do hospital, segundo explica o médico cirurgião e futuro responsável técnico do centro de transplantes de fígado, Gustavo Rapassi. Além disso, uma associação formada pelos próprios pacientes já pressionava pela criação do centro.

Centro de transplantes é montado na unidade principal, que fica na saída para Sidrolândia (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Entre o ano passado e este, 26 pessoas que moram em Mato Grosso do Sul receberam transplante de fígado, conforme acompanhou o médico. Como ainda não há local para fazer o procedimento no Estado, eles foram encaminhados até Sorocaba (SP) para realizar o procedimento. São 25 os sobreviventes.

Rapassi também é cirurgião no município do interior de São Paulo. Ele é credenciado para fazer transplante de fígado há quatro anos. Com a inauguração do centro inédito em Mato Grosso do Sul, acredita que ficará mais dedicado ao serviço em Campo Grande.

O principal benefício de haver um centro de transplante para o órgão no Estado é evitar perdas. “Hoje, esses pacientes precisam tolerar uma viagem de mais de mil km. Houve situações em que não aguentaram isso e faleceram. Quanto mais próximo melhor, já que diminuem as chances de haver descompensação”, explica.

Atualmente, 15 pessoas estão na fila em Mato Grosso do Sul para receber um fígado compatível. Se houver oferta antes do centro no Hospital do Pênfigo ficar pronto, o paciente terá a opção de ir até Sorocaba, seguindo o que já é feito.

Outros Estados – Quando estiver pronto, o centro poderá atender pacientes de outros Estados, além de Mato Grosso do Sul. A fila respeita ordenamento e critérios do Sistema Nacional de Transplantes e Central Estadual de Transplantes.

Existem duas modalidades possíveis para o transplante de fígado, explica ainda o cirurgião. Uma delas é transplantar 60% do órgão de um doador adulto, por exemplo. A outra, que será a única disponível no Estado, é a doação inteira por um doador morto.

No Centro-Oeste, o centro da capital de Mato Grosso do Sul se juntará aos já existentes em Goiás e no Distrito Federal. Em todo o Brasil há dezenas de locais para transplantar o órgão, onde trabalham mais de 90 equipes, destaca ainda Rapassi

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Receba Informações na Palma da Sua Mão

Está gostando do conteúdo? Compartilhe

Facebook
WhatsApp
Telegram
Twitter
Email
Print